meu amor.

não uso guarda-chuva, não o uso frequentemente. chove e eu não o uso a não ser que seja mesmo necessário. quando chego a casa encharcada digo á minha mãe que me esqueci dele ou que simplesmente não o encontrei, mas ela percebe logo que eu não o quis levar comigo.
porque as maiores histórias de amor costumam acontecer á chuva. os reencontros, ou encontros, os primeiro-beijo, os sorrisos envergonhados e o "toma este casaco, vais ficar doente", e tambem, "eu levo-te a casa, e levo o guarda-chuva".
gosto de um bom café quente, ou chocolate quente. gosto de sair e tomar algo que me aqueca nos dias de frio em que o meu corpo congela completamente e sinto o meu nariz quente de tanto gelar.
gosto do barulho que algumas portás de cafés fazem ao abrir como se tivesse que ser anunciada a chegada de alguém. 
porque os melhores reencontros acontecem nesses sítios. a porta a abrir e a fazer o seu barulhinho como se tivesse algo lá pendurado sabem, como um espanta-espíritos, quando nos virámos pra ver quem é, esfregamos os olhos e temos a certeza de que é para nós. quando nos engasgámos com o café ou o chocolate quente que estamos a tomar e sorrimos de volta para a pessoa.
gosto de espaços verdes, porque me fazem esquecer um pouco do queimado em que as florestas se tornaram nos ultimos tempos. faz-me esquecer um pouco a chuva que, um dia, já se apoderou de mim e do meu corpo quente.
gosto de sentir a relva nos meus pés e em todo o meu corpo quando me deita nela, completamente. o seu cheirinho agradável faz-me lembrar do teu perfume. 
we say: "oh, I don't need Him. I deserve to be happy, and He makes me cry so, I have to let Him go"
but our heart is listening: " I need Him. I deserve to be happy and thats only possible with Him by my side. He makes me laugh harder, even when everything is falling appart. I need Him to stay with me. He completes me."
I really need you.

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